Ah que saudade do samba!
Houve uma época em que o samba representava o morro, a favela, o pobre o injustiçado. O samba era o reflexo do sentimento do pai de família humilde, do malandro, do trabalhador, de toda a gente simples. No samba era expresso a alegria de um povo que batalha para ter o pouco, mas que não desiste de lutar por uma vida melhor, também, as tristezas da realidade de uma vida marginalizada e subjugada por toda uma sociedade. Seja nas letras ou nos passos, o samba era uma fuga poética de uma realidade cansativa que encontra no alivio a arte por acaso. Temos relatos nos salmos de canções e poemas que falam da vida de um povo que sofria, que clamava por justiça, que chorava por ser oprimido mas que também comemorava, festejava e enxergava o pouco que tinha com gratidão. Povo que perdeu sua terra, foi escravizado pelo sistema e perdeu tudo o que tinha, mas que ainda sim conseguia forças pra sonhar. Hoje em dia fica fácil ver que o pobre é cada vez mais oprimido e sua voz bem menos ouvid